12/05/2012


O tempo e a narrativa do eu 
Adelino Cardoso

O ponto de partida da investigação em curso é duplo: 1) o tempo articula o modo da narrativa; 2) a experiência do tempo está incorporada nos nossos afectos. Que coisa é o tempo? Uma sucessão de fenómenos que se dão num tempo dividido, fragmentário e homogéneo? Uma duração, no quadro de um tempo unitário e contínuo? Sucessão e duração são regimes distintos do tempo. Como é que eles jogam entre si? Há uma temporalidade imanente à narrativa do eu, que se caracteriza por uma certa duração pontuada pelo instante, que inaugura uma duração. Neste quadro, pergunta-se: O que é o instante? Um momento inovador? Qual o seu modo de fenomenalização?

11/12/2012

Convite Projecto Narrativa e Medicina - Miguel M. Gonçalves


Mudança narrativa em psicoterapia: Um programa de investigação em torno dos momentos de inovação

Miguel M. Gonçalves (Escola de Psicologia, Universidade do Minho)
   Para estudar a mudança terapêutica de uma perspectiva narrativa desenvolvemos um sistema de codificação das novidades que emergem na psicoterapia, designadas por momentos de inovação (MIs). Depois de descrever este sistema de codificação, apresentamos dados recolhidos em três amostras distintas de psicoterapia (terapia narrativa, terapia centrada nas emoções e terapia centrada no cliente). A partir destes dados, e de um conjunto de estudos de caso, elaboramos um modelo de mudança terapêutica que enfatiza a importância dos MIs de reconceptualização. A reconceptualização envolve duas componentes: um contraste entre o passado problemático e o presente mais adaptativo, e uma metaposição a partir do qual o contraste pode ser observado. Especulamos que diversas funções desenvolvimentais estão envolvidas neste tipo de MI, que o torna vital na mudança terapêutica. Finalmente um modelo de fracasso terapêutico é discutido, no qual o paciente fica bloqueado entre a elaboração de MIs e a atenuação do seu potencial de mudança, criando um processo de ambivalência que dificulta ou impede a mudança.
Local da conferência: Pólo Artur Ravara - Parque das Nações, Av. D. João II, Lote 4.69.01, 1990-096 Lisboa / Metro: Oriente ou Moscavide (linha vermelha); Bus: 400, 705, 708, 725, 744, 759 ou 782.

10/30/2012

COLÓQUIO INTERNACIONAL: PULSÃO, AFECTO, INCONSCIENTE


Colóquio internacional
Pulsão, afecto, inconsciente: da filosofia à psicanálise, da psicanálise à fenomenologia
COLLOQUE INTERNATIONAL
PULSION, AFFECT, INCONSCIENT:
DE LA PHILOSOPHIE À LA PSYCHANALYSE, DE LA PSYCHANALYSE À LA PHÉNOMÉNOLOGIE.

       08/11/ 2012 - 09/11/2012 

            Jackson Pollock, The Key, 1946

Edifício ID
Av. de Berna, 26  Sala 0.06 (Entrada livre)

08/11/2012 

9h30 -  Abertura / Ouverture
10h00 - Irene Borges-Duarte (AFFEN, Universidade de Évora)
O afecto na Análise existencial heideggeriana .  Debate / Débat.
11h00 – Pausa / Pause
11h15 Fernando Belo (Universidade de Lisboa)
Limites ontoteológicos  da psicanálise, que ela transgride.
11h45André Barata (AFFEN, Universidade da Beira Interior)
A psicanálise e a psicanálise de Sartre – relacionamentos e perspectivas.

12h15  Debate / Débat
12h45 – Almoço/ Déjeuner  
15h00 - Nuno Proença (CHC, Universidade Nova de Lisboa)
Sur le refoulement: Freud, Schopenhauer et Henry.
15h30  - Elisabetta Basso (Postdoctorant A.v.Humboldt /Technische Universität Berlin Institut für Philosophie, Literatur-,Wissenschafts- und Technikgeschichte)

Phénoménologie et psychanalyse: un débat entre Binswanger et Jaspers 1913-1914.
16h00Paulo de Jesus (Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa)
Self narratives with emotional intensities: the dialectics of (in)articulacy and (dis)embodiement.
16h30 Debate / Débat
17h15 Fim da primeira Jornada/ Fin de la première Journée

09/11/2012                                                                     

10h00 - Guy-Félix Duportail (Université Paris-1 Panthéon-Sorbonne)
«Le nœud et la Terre».  Lecture phénoménologique du nœud borroméen de Lacan.
Débat/ Debate
11h00 – Pausa / Pause
11h15Manuel Silvério Marques (Médico/Médecin, Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa)
O delírio e o “delíquio” nas cartas de Freud a Fliess
11h45Carmo de Sousa Lima (Psicanalista, Sociedade Portuguesa de Psicanálise)
O “pequeno Hans“ – um pequeno filósofo...  [título susceptível de ser modificado]
12h15 Debate/Débat
12h45 – Almoço / Déjeuner
14h45Franca Madioni (Psychiatre, Psychanalyste / Fonds National Suisse)
Phénoménologie de la deuxième topique freudienne et ses rapports à la temporalité dans la synthèse passive.
15h15Carlos Morujão (Universidade Católica Portuguesa)
Sensação, afecção e corpo somático. Perspectivas a partir de Husserl e de Freud.
15h45Debate / Débat
16h00 Pausa / Pause
16h15Rudolf Bernet (Université Catholique de Louvain /Archives Husserl)
 Entre mécanique, clinique et métaphysique : l’insistance de la pulsion de mort.
Débat/ Debate
17h15 - Encerramento do Colóquio/ Fermeture du Colloque.

Organização/Organisation: Centro de História da Cultura
Colaboração/Colaboration: Associação Portuguesa de Filosofia Fenomenológica; Sociedade Portuguesa de Psicanálise
Comissão Científica: Rudolf Bernet, Irene Borges-Duarte, Carmo Sousa Lima, Pedro M. S. Alves. 
Comissão Organizadora: Nuno Proença, Adelino Cardoso, Ana Paula Rosendo, Igor Lobão 

10/11/2012

Convite Projecto Narrativa e Medicina - Raymond Tallis


Neuromania, Darwinitis and the Misrepresentation of Mankind 

Neuromania is based on the incorrect notion that human consciousness is identical with activity in the brain, that people are their brains, and that societies are best understood as collections of brains. While the brain is a necessary condition of every aspect of human consciousness, it is not a sufficient condition – which is why neuroscience, and the materialist philosophy upon which is it based, fails to capture the human person. Since the brain is an evolved organism, Neuromania leads to Darwinitis, the assumption that, since Darwin demonstrated the biological origins of the organism H sapiens, we should look to evolutionary theory to understand what we are now; that our biological roots explain our cultural leaves.  In fact, we belong to a community of minds that has developed over the hundreds of thousands of years since we parted company from other primates.