12/05/2012


O tempo e a narrativa do eu 
Adelino Cardoso

O ponto de partida da investigação em curso é duplo: 1) o tempo articula o modo da narrativa; 2) a experiência do tempo está incorporada nos nossos afectos. Que coisa é o tempo? Uma sucessão de fenómenos que se dão num tempo dividido, fragmentário e homogéneo? Uma duração, no quadro de um tempo unitário e contínuo? Sucessão e duração são regimes distintos do tempo. Como é que eles jogam entre si? Há uma temporalidade imanente à narrativa do eu, que se caracteriza por uma certa duração pontuada pelo instante, que inaugura uma duração. Neste quadro, pergunta-se: O que é o instante? Um momento inovador? Qual o seu modo de fenomenalização?

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