Dulce Bouça, 5 de Maio, 17h00, Centro de Saúde Sete Rios
OS LIMITES DA INTERPRETAÇÃO NA ANOREXIA NERVOSA
As Doenças do Comportamento Alimentar resultam da interacção entre determinantes e escolhas pessoais, em que o indivíduo vive na ambiguidade de querer abandonar um comportamento e sentir-se compelido a mantê-lo, ao mesmo tempo vítima e carrasco de uma situação em que sente grande controlo sobre o seu corpo e uma total falta de controlo sobre o que lhe pode acontecer se abandonar o comportamento alimentar.
Para que o corpo se defenda de possíveis intrusões externas, torna-se necessário não somente ser magro mas também leve: magreza e leveza ligam-se intimamente e, para que o corpo atinja a leveza deve ficar vazio, sem peso. Quanto mais leve o corpo, mais possível se afigura a libertação da influência dos outros, sendo que o objectivo da leveza é alcançar uma espiritualidade e valor moral compatíveis com um estádio de superioridade. A narrativa do paciente para a situação em que se encontra é a sua verdade e a sua necessidade; a incompreensibilidade para o terapeuta não tem de conduzir a uma impossibilidade, mas também não permite a imposição de uma qualquer teoria explicativa. Os limites para a interpretação são os limites do corpo e do espaço entre dois corpos.
Dulce Bouça exerce psiquiatria (Hosp. de St.ª Maria) e psicoterapia, sendo especialista em doenças do comportamento alimentar. É Assistente Convidada na Faculdade de Medicina de Lisboa e responsável pela Equipa Multidisciplinar para tratamento de Doenças do Comportamento Alimentar. Publicou Madrugada de Lágrimas: Depressão na Adolescência (1997) e Anorexia Nervosa Minha Amiga (2000).
Os participantes poderão requerer uma pasta com material de apoio (15 €), bem como um certificado (5€ por sessão). Segue programa em anexo. Para esclarecimentos, consultar http://narrativeandmedicine.blogspot.com ou contactar narrativaemedicina.flul@sapo.pt
OS LIMITES DA INTERPRETAÇÃO NA ANOREXIA NERVOSA
As Doenças do Comportamento Alimentar resultam da interacção entre determinantes e escolhas pessoais, em que o indivíduo vive na ambiguidade de querer abandonar um comportamento e sentir-se compelido a mantê-lo, ao mesmo tempo vítima e carrasco de uma situação em que sente grande controlo sobre o seu corpo e uma total falta de controlo sobre o que lhe pode acontecer se abandonar o comportamento alimentar.
Para que o corpo se defenda de possíveis intrusões externas, torna-se necessário não somente ser magro mas também leve: magreza e leveza ligam-se intimamente e, para que o corpo atinja a leveza deve ficar vazio, sem peso. Quanto mais leve o corpo, mais possível se afigura a libertação da influência dos outros, sendo que o objectivo da leveza é alcançar uma espiritualidade e valor moral compatíveis com um estádio de superioridade. A narrativa do paciente para a situação em que se encontra é a sua verdade e a sua necessidade; a incompreensibilidade para o terapeuta não tem de conduzir a uma impossibilidade, mas também não permite a imposição de uma qualquer teoria explicativa. Os limites para a interpretação são os limites do corpo e do espaço entre dois corpos.
Dulce Bouça exerce psiquiatria (Hosp. de St.ª Maria) e psicoterapia, sendo especialista em doenças do comportamento alimentar. É Assistente Convidada na Faculdade de Medicina de Lisboa e responsável pela Equipa Multidisciplinar para tratamento de Doenças do Comportamento Alimentar. Publicou Madrugada de Lágrimas: Depressão na Adolescência (1997) e Anorexia Nervosa Minha Amiga (2000).
Os participantes poderão requerer uma pasta com material de apoio (15 €), bem como um certificado (5€ por sessão). Segue programa em anexo. Para esclarecimentos, consultar http://narrativeandmedicine.blogspot.com ou contactar narrativaemedicina.flul@sapo.pt
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